quarta-feira, 24 de outubro de 2007

O estucador

4 da tarde. Esperava pelo estucador com quem falara ao telefone, para ir arranjar uma pequena fenda na parede da sala. O curioso é que a Guida nunca o vira pessoalmente. Tinha-lhe sido recomendado pela Ana, que lhe dissera que ele era um excelente profissional. Ao mesmo tempo que o recomendava, a Guida tinha notado nos olhos da amiga um brilhozinho especial…
Acabou por adormecer no sofá, incapaz de combater a sonolência causada pela espera.
Às 4.20, a campainha tocou. Acordou sobressaltada e levantou-se. Dirigiu-se à porta e levantou o intercomunicador. Era o estucador! Carregou no trinco electrónico. Estava levemente aborrecida pois tinha preferido que fosse o Nuno a tratar de tudo. Mas ele tinha saído da cidade em trabalho, e acabara por sobrar para ela.
Quando ele chegou à porta de casa ela percebeu o brilho que notara nos olhos da Ana. A verdade é que o estucador era … uma brasa! Agradeceu mentalmente ao Nuno por estar ausente e mandou-o entrar.
Depois de ela lhe explicar o que queria que ele fizesse, ele começou a arranjar a parede enquanto ela o ia acompanhando sentada no sofá. A Guida tinha a consciência de que o vestido que usava era suficientemente indiscreto e, quase instintivamente, começou a provocá-lo cruzando as pernas de forma provocadora. O movimento das suas pernas ia pondo a descoberto as suas coxas, e ela percebeu que a firmeza com que ele colocava o estuque ia diminuindo…
Ao fim de algum tempo ele pediu-lhe um pano para poder limpar as mãos. Ela levantou-se e dirigiu-se à cozinha. Sentia os olhos dele cravados no seu corpo à medida que avançava. Já na cozinha decidiu fazer uma loucura. Despiu a tanga que tinha por baixo do vestido! Preparou o pano e voltou à sala. Ele agradeceu com um sorriso, quando ela lhe estendeu o pano. Ela sorriu também .
Voltou a sentar-se no sofá cruzando de novo as pernas. Ele regressou ao trabalho, mas à medida que o tempo ia passando notava-se um clima mais tenso na sala. Ela sabia que não poderia fazer gestos muito bruscos pois o vestido mal lhe tapava o início das coxas e, qualquer movimento menos estudado, lhe desvendaria que se encontrava nua por baixo. Mas era cada vez mais difícil esconder-lhe essa situação, e ela começava a ter um desejo enorme de que ele lhe pudesse ver o sexo.
O serviço ia avançando, e ela sentia que os olhos dele lhe começavam a fazer um efeito acentuado entre as coxas. Recostou-se no sofá, observando-o. Imaginou-o a largar o trabalho e a dirigir-se a ela, a ajoelhar-se junto a si e a meter a mão por baixo do vestido, de forma a sentir o calor do seu sexo. Colocou-se de lado, com a consciência de que ele estava tão excitado quanto ela. Sorriu interiormente ao lembrar-se de novo do brilho nos olhos da Ana quando o recomendara. Tinha de lhe agradecer.
Ao fim de cerca de uma hora, ele acabou finalmente o serviço. Ela olhou-o fixamente e perguntou-lhe numa voz rouca:
- Quanto lhe devo?
Ao mesmo tempo sentou-se e abriu as pernas. Ele ficou sem conseguir responder à pergunta dela ao observar aquela visão inesperada. Deixou cair a espátula que segurava, atrapalhado. O seu sexo revelava-se mostrando os pêlos que ela tinha aparado cuidadosamente nessa manhã.
Após o primeiro momento de surpresa, que durou alguns segundos, ele baixou-se para apanhar a espátula. Ao ajoelhar-se levantou os olhos percebendo que o seu ângulo de visão melhorara substancialmente. Estava agora com a cabeça ao nível do sexo dela. Ela abriu um pouco mais as coxas, fazendo com que o seu sexo se abrisse ligeiramente a uma curta distância da cara dele.
Ele levantou-se em silêncio e ela levantou-se também sem dizer nada, aproximando-se dele lentamente. Passou-lhe a mão pelos ombros e, por momentos, quase imaginou que ele sofrera uma descarga eléctrica ao sentir os seus dedos. Ele deixou cair de novo a espátula... mas desta vez não fez nenhum gesto para a apanhar. A mão liberta rodeou-lhe a cintura e descaiu até lhe agarrar o rabo.
No segundo seguinte estavam a beijar-se intensamente enquanto as suas mãos iam percorrendo os corpos ansiosos.
Ela despiu-lhe a camisola e a mão dele tornou-se mais atrevida, começando a levantar-lhe o vestido. Ela sentia agora os seus dedos sobre a sua pele, explorando-a.
-Acho que podemos combinar um preço especial para este serviço - murmurou ele
- Será que consigo algum desconto? - perguntou ela sentindo a mão dele por zonas cada vez mais sensíveis.

Ela fechou os olhos ao sentir aquelas mãos a empurrá-la contra o corpo excitado dele. A pressão dessas mãos fazia com que ela percebesse claramente esse grau de excitação, que o sentisse sem margem para nenhuma dúvida. À medida que ela se ia deixando levar pelo que se estava a passar disse a si própria, mais uma vez, que não podia esquecer-se de agradecer à amiga que lhe tinha recomendado tão eficiente estucador.

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