quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Trovoada...



Um calor abrasador tinha invadido a cidade. O ar abafado, fazia adivinhar tempestade e o sol mantivera-se oculto durante todo o dia. Já estavas em casa quando cheguei. Linda, cabelos ainda molhados e vestindo o meu pijama que, em ti, ficando larguíssimo, despertava-me de imediato uma vontade imensa de explorar o teu corpo suave e belo. Lá fora umas gotas grossas começavam a cair nos passeios, libertando odores de verão, mescla de cheiros de terra quente e chuva. Os teus beijos, ao chegar, muitos, pequeninos, doces, e com um roçar de lábios que só tu sabes fazer, excitaram-me…
Depois de um banho retemperador, sentei-me junto à janela a contemplar a tempestade que se aproximava, enquanto a noite ia caindo lentamente. A escuridão invadia aos poucos a casa, e a janela entreaberta, continuava a possibilitar a passagem do cheiro da tormenta. Enroscaste-te no meu colo e beijámo-nos lentamente, trocando pequenas carícias com a pontinha da língua. Um cálice de Porto, fazia-nos companhia…
O primeiro botão do teu pijama, desapertado, permitia ver parte dos teus seios que começavam a apresentar sinais de uma excitação crescente…
As nossas mãos entrelaçadas e húmidas, apertam-se com força quando os primeiros relâmpagos iluminam o céu. Acomodas-te para ver a tempestade. Encostas as tuas costas ao meu peito, sinto o perfume do teu cabelo e o meu sexo tenta adivinhar mais uma vez a textura das tuas nádegas. Desabotoo os três botões que faltam e brinco com os teus mamilos já duros. Uma excitação crescente acompanha o crescer da tempestade… Chuva violenta, relâmpagos e trovões instalam-se definitivamente na cidade, proporcionando da nossa janela um espectáculo ímpar e grandioso. As minhas mãos, aos poucos e poucos vão percorrendo o teu tronco, descendo por entre as calças largas até às tuas coxas. Adoro passear os meus dedos por cada centímetro da tua pele. Sentindo-os aproximar, apoias os pés descalços na cadeira da frente e abres as pernas ligeiramente, como que a indicar o que devo fazer. Viras um pouco a cabeça, e beijas-me ardentemente, fazendo-me sentir a tua língua com intensidade. O teu sabor, o Porto, o cheiro da chuva, o som da trovoada, despertam todos os meus sentidos. Arrisco e toco o teu sexo, procurando “ver” com os dedos os teus lábios. Estás molhada e isso excita-me. Faço por sentir todo os contornos do teu sexo e espalho a tua “excitação” pelos meus dedos. Brinco demoradamente com ele, como que percorrendo um labirinto, repetindo exaustivamente todos os passos à procura da libertação. Nos diversos percursos, acaricio o clítoris e penetro-te alternadamente com cada um dos três dedos. Recolho o líquido do prazer que vai permitindo o seu deslizar. Espreguiças-te, abres um pouco mais as pernas e vai crescendo em ti uma vontade enorme de explodir. Compassadamente suspiras, beijando-me. De vez em quando, uma luz celestial inunda a tua face, revelando aquela tua beleza que te invade ao aproximar do orgasmo. Uma torrente de água jorra do telhado produzindo um som violento que abafa os teus gritos de prazer. Resta o movimento sincopado e belo das contracções do teu corpo, indicando o auge da tempestade. Quietos, abraçados, de mão dada, assim ficamos a saborear a “tormenta”…

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