segunda-feira, 19 de novembro de 2007

O que eu sei... é que nunca saberei o que gostaria





Há muitas coisas sobre sexo, além daquele que pratico, que eu gostaria de saber. Por curiosidade, para aperfeiçoar, para aprender, sei lá; porque sim. É por isso que me dedico a este blogue e a ler e a pesquisar um bocadito sobre o assunto.
Mas, ao mesmo tempo, quanto mais leio e pesquiso, mais tenho noção de que nunca saberei o que ainda gostaria de vir a saber. Ou, pelo menos, de que neste tema nunca é possível saber-se muito, ou ter certezas... Porque muita gente fala das mesmas coisas com nomes diferentes, ou de coisas diferentes com o mesmo nome. E, ao contrário de outras áreas onde se podem fazer observações participantes e experiências, a realidade observável nestas situações é dificilmente mantida "natural" se assim acontecer, se de facto existir observação...
Uma das minhas dúvidas, e para a qual não encontro resposta, mesmo quando me explicam — porque fico mais ou menos na mesma — é o que são orgasmos múltiplos. Porque, vamos lá a ver, se fosse tão simples como o "múltiplos" significarem "muitos", ou "mais do que um", não haveria rios de tinta, e de Gigabytes, escritos sobre o assunto. Dizia-se que as mulheres — normalmente as detentoras dos ditos — poderiam ter muitos orgasmos numa relação, e estava a andar. Portanto... são consecutivos ininterruptamente, ou intercalados com outra coisa qualquer? Eu sou capaz de ter orgasmos múltiplos, se isso significar ter um, depois continuar — a ver um filme, ou na marmelada com o meu parceiro — e ter outro, etc. Não é suposto, para quem tem orgasmos, poder ter mais do que um? Um dia perguntei a alguém que é suposto saber da matéria, o que eram os orgasmos múltiplos, se muitos e sem interrupção, ou com intervalos, e a pessoa respondeu-me "são picos de prazer seguidos, depois de um orgasmo". Hã? Uns loguito a seguir aos outros? Então mas... eu não aguento! Ou, então, são mais pequenitos do que os meus... Enfim...
Outra questão semelhante a esta, de ser muito difícil termos a mesma referência ou medida: falava eu com uma amiga outro dia e dizia-lhe que era relativamente fácil, com treino, esticar a língua para tocar nos testículos enquanto fazemos um broche. Ela duvidava. Surgiu a questão das medidas... Pois, trata-se de enfiar quanto de pénis até à garganta? Uma pergunta pertinente, mas depois do exemplo de uma mocinha de um circo de aberrações de Nova Iorque que vi num programa de TV que fazia entrar uma espada até ao estômago, já me parece que com treino tudo se consegue. Fora de brincadeiras, e porque não somos aberrações, as medidas: como se mede um pénis? Erecto, claro. Mas de onde até onde? Da base até à ponta, confere. Mas enquanto eu meço do abdómen até à ponta, portanto como se fosse de cima, haverá quem meça dos testículos à ponta? E as medidas divergem consoante o tesão? Pois... Tudo isso é pouco ou nada importante; só que, lá está, faz toda a diferença quando queremos ser a Linda Lovelace cá do sítio (porque, isso eu sei, bacamartes acima de 20 cm — e, e! — fazem-me preferir ir cozinhar ou ir fazer outra coisa qualquer do que metê-los onde quer que seja).
Por falar na Linda, outra cena... Tinha o clitóris na garganta, dizia ela. Pois. E o que queria ela dizer com o ter o clitóris na garganta? Tinha orgasmos clitorianos a fazer broches? Ficava lubrificada? E tinha múltiplos, ou só um? Estamos a falar de que medidas? E então, que tinha ela de especial? Também eu fico excitada a fazer um broche! Também eu fico lubrificada a fazê-lo, como se estivesse a ser estimulada "lá". E isto, porque gosto muito de os fazer. Mas não sou uma qualquer aberração e o meu clitóris está no sítio "tradicional"; isso, eu sei!

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